sábado, 27 de fevereiro de 2010

--> Informe Secretaria de Cultura e Turismo


Secretaria Municipal de Cultura e Turismo
II OFICINA DE FORMAÇÃO TEATRAL

Dando continuidade ao programa municipal de formação artística, comandado pela Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, foram abertas as inscrições para O II OFORTE - OFICINA DE FORMAÇÃO TEATRAL, coordenada pelo dramaturgo e orientador teatral Oscar Ferreira.

As inscrições estarão abertas até o dia 05 de abril (quando começarão as aulas), e podem ser feitas em horário comercial na sede da Secretaria de Cultura e Turismo no Centro Cultural Casarão, obter informações pelo tel. (27) 37526995 ou comunicar-se pelo e-mail secturnv@hotmail.com garantindo uma das quarenta vagas disponíveis na Oficina.

Com idade mínima de 14 anos tem como finalidade dar continuidade à formação da nova geração teatral veneciana com praticas cênicas e montagens de espetáculos teatrais que serão desenvolvidas todas segundas e quartas das 18h30min às 21:00 horas no Centro Cultural Casarão.

Segundo informou o coordenador da oficina Oscar Ferreira: “o trabalho da prática cênica e seu conseqüente aprendizado técnico serve ainda para aquelas pessoas que querem melhorar sua comunicabilidade social através dos exercícios de percepção, gestualidade, oratória, interpretação critica da realidade e outras dinâmicas criativas, que ajudam a minimizar o estresse, problemas de constrangimento, inibição, medo de se expor e outras fobias sociais. Se sair algum artista daí, tanto melhor”.

Ressalta ainda o professor que convida a todos aqueles que querem se “tornar pessoas mais perceptivas e sensibilizadas” que participem, “mergulhem mesmo que no raso nessa maravilhosa aventura pelo mundo das artes”.

Segundo o Secretário municipal de cultura e Turismo Otamir Carloni: “estamos tentando reconstruir o movimento artístico veneciano através da formação da nova geração artística. Estamos começando com o teatro, mas vem ai as Oficinas de Dança, com aulas de Jazz, afro, dança italiana e outras. Para isso já estão sendo analisados na Câmara de Vereadores os projetos da reformulação do Conselho Municipal de Cultura e criação do Fundo Municipal de Cultura”.

Secturnv/2010.  

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Entrevista com Rogério Piva, idealizador do projeto Pip-Nuk

 
Rogério Frigério Piva,
historiador veneciano 
em entrevista ao nosso
blog, Movimento
Cultural Veneciano.

MCV: Qual a sua formação profissional?

Rogério: Sou historiador e professor, graduado com licenciatura plena em História, área na qual trabalho com ensino e pesquisa.

MCV:Você se formou em qual instituição? 

Rogério:Na Universidade Federal do Espírito Santo – UFES.

MCV: Há quanto tempo exerce essa profissão? 

Rogério: Desde menino sempre fui apaixonado por coisas antigas, na escola, a minha disciplina favorita era História. Comecei a pesquisar mesmo antes de fazer o curso superior. Foi por volta de 1992. Já faz uns 17 anos. Quando fui para Vitória fazer o curso, em 1998, logo comecei a estagiar no Arquivo Público do Estado do ES. Concluí a graduação em 2003. Dei aula em algumas escolas por curto período. Trabalhei no Arquivo Público até 2008, quando pedi exoneração do cargo de Diretor Administrativo para retornar à Nova Venécia.

MCV: Onde trabalha atualmente? 

Rogério: No Centro Educacional Evolução, lecionando as disciplinas de História e Filosofia para o Ensino Fundamental.

MCV: Quando e como começou o projeto Pip-Nuk? 

Rogério: O Projeto Pip-Nuk nasceu em 21 de agosto de 1992 com um grupo de alunos da 8ª Série do ensino fundamental da Escola Dom Daniel Comboni, em Nova Venécia.  Chamava-se inicialmente “Projeto Aymorés”. O projeto passou a se chamar “Pip-Nuk” em 2003. Desde o início sempre se quis homenagear a memória do povo botocudo, que inicialmente era chamado pelos tupis de “aymoré”. Mais tarde descobrimos que uma das tribos, que habitou nosso município, os Giporok ou Jiporok, teria assumido o nome de seu último líder, o capitão Pip-Nuk (na língua borum, falada por eles, siguinifica “não ver” ou “eu não vi”) e que, esse nome se preservou mesmo depois da colonização, e, até hoje, denomina um trecho do vale do Cricaré acima da cidade de Nova Venécia então resolvemos trocar o nome. Pois, somente em Nova Venécia existe um lugar chamado “Pip-Nuk”, em nenhum outro município, estado ou país encontramos esse nome, portanto, é algo tipicamente veneciano. Além disso, significa "não ver" no que fazemos alusão, ao nosso patrimônio cultural e natural, pois, infelizmente, muitos não têm sensibilidade para vê-lo. Para estes, ele literalmente "não existe". Mas você pode não vê-lo, porém, ainda assim, ele lá está.

MCV: Como surgiu a idéia do projeto? 

Rogério: Foi logo após a administração municipal lançar um livro intitulado “História, Geografia e Organização Social e Política de Nova Venécia”, em 1992, senti que a obra, apesar de ser uma das poucas referências que temos no que diz respeito à História Veneciana, possui muitas lacunas e erros factuais. O próprio, tão comemorado centenário da imigração italiana, não foi em 1990, com muitos ainda hoje acreditam e sim em 1988, ou seja, comemoramos 102 anos depois, dizendo que eram 100. Além disso, fazíamos diversas excursões até a Serra de Baixo para visitar as ruínas da casa-grande do Barão de Aymorés, o Casarão dos Escravos, e sentíamos vontade de lutar para que aquele patrimônio cultural não fosse perdido. Em 1993, a maioria dos participantes do então “Projeto Aymorés” era aluno do Colégio Veneciano e, instigados pelo professor de História Alcimar Carloni, confeccionamos uma maquete em isopor como de cerca de 2 metros quadrados, que representava as ruínas do casarão dos escravos no início da década de 1980. Esta foi a forma que encontramos para chamar a atenção das pessoas para o que estávamos perdendo. Infelizmente, pelos poucos vestígios que restam da secular construção, vemos que não sensibilizou muito. 

MCV: Qual o principal objetivo? 

Rogério: A identificação, preservação, pesquisa e difusão do Patrimônio Natural e Cultural (material e imaterial) do município de Nova Venécia no norte do estado do Espírito Santo. É uma grande campanha pela preservação da memória e do meio ambiente veneciano, por meio de palestras, publicações e agora também, por meio de nosso blog, o www.projetopipnuk.blogspot.com .

MCV: Para você, qual é a reação das pessoas em relação ao projeto? 

Rogério: Desde 1992 até o ano passado, muitos desconheciam a sua existência. Somente após a criação do blog o projeto ganhou mais divulgação. Recebemos muitos elogios das pessoas, afinal, Nova Venécia é desprovida de qualquer iniciativa nesta área, e hoje, sentimos que a existência de nosso blog vem fazendo diferença. Mas ainda acho que podemos avançar muito mais. Não é apenas fazer com que os venecianos tomem contato com a sua História, tradições e reconheça suas belezas tradicionais, precisamos de uma política municipal para defesa de nosso patrimônio, precisamos de leis de incentivo, criação de espaços culturais como museus, arquivos, reestruturação de nossa “quarentona” biblioteca municipal.

MCV: Fale um pouco da evolução do projeto Pip-Nuk? 

Rogério: Como já dissemos, o Projeto surgiu entre alunos do ensino fundamental do Dom Daniel Comboni em 1992. Eu liderava um grupo composto por meus colegas de escola. Naquele ano fizemos um abaixo-assinado com 600 assinaturas em uma tarde e entregamos em um comício do candidato a prefeito Japonês, onde esteve presente o ex-governador Albuíno. Também fizemos excursões levando alunos para conhecerem as ruínas. No ano seguinte (1993) mudados de escola e fomos fazer o ensino médio no Veneciano, lá confeccionamos uma maquete em isopor do Casarão dos Escravos. Houve exposição dela e de outras no Banco do Brasil. Depois ainda expus na Caixa Econômica. Mas o grupo acabou se desfazendo, cada um seguindo seu rumo e eu continuei. Em 1996, fizemos uma campanha para evitar que o nome da Praça da Rua Colatina, que estava sendo construída, não fosse mudado, mesmo ainda não existindo ela já tinha nome desde 1991 e ele fazia referência a um imigrante que chegou a Nova Venécia em 1889 e teve sua residência no local, além de ter contribuído para o desenvolvimento da então vila. Felizmente o bom senso prevaleceu e o nome permanece até hoje, chama-se Praça Pedro Cadurim (corruptela de Cadorin). Uma de nossas maiores batalhas, e que ainda estamos travando, é pela preservação/restauração da Casa de Pedra do Perletti. Em fevereiro de 1993, o prefeito Japonês havia a pouco, tomado posse para sua primeira gestão a frente da prefeitura municipal, quando soubemos que herdeiros do Sr. Waldemar de Oliveira estavam vendendo a área onde se encontrava a Casa de Pedra. Em nossas pesquisas descobrimos que a casa fora construída por ordem de um italiano chamado Battista Perletti, um negociante que veio para vila de Nova Venécia em meados da década de 1920 impulsionado pela construção da extinta Estrada de Ferro São Matheus. A casa sempre teve função industrial/comercial. Possuindo características marcantes da imigração italiana, foi utilizada por diversas pessoas e desde a década de 1980 o extinto Movimento Cultural de Nova Venécia, reivindicava que ali fosse criado um Museu da História Veneciana. Resumindo em 1994, a prefeitura adquiriu o imóvel. Em 1996 anunciou a “restauração” e instalação de um Centro de Memória no local. Infelizmente isso não saiu do papel. Durante a gestão do ex-prefeito Forza, houve a ameaça de destruição do local, por isso em 1999, já residíamos em Vitória e solicitamos a abertura de um processo de tombamento como patrimônio histórico da Casa de Pedra. O pior golpe foi em 2000 quando a prefeitura, alegando fazer uma “restauração” descaracterizou o imóvel, a obra foi embargada pelo Conselho Estadual de Cultura – CEC, mas já era tarde. Nesse mesmo ano aprovou-se a resolução de tombamento que somente foi homologada pelo governador Hartung em 2003. Desde então, luta-se pela sua restauração. Em 2002, houve também a tentativa de construção de uma barragem no Pip-Nuk, os moradores pediram nosso apoio para campanha que saiu vitoriosa. No ano seguinte (2003) também fomos contatados para dar início ao processo de tombamento do prédio do antigo Grupo Escolar Claudina Barbosa (hoje Superintendência). Solicitamos a abertura do processo, e como o CEC paralisou suas atividades naquele ano, só retornando em 2008, o mesmo não teve andamento. Também em 2008 criamos o nosso blog: www.projetopipnuk.blogspot.com uma ferramenta formidável para difusão do conhecimento das coisas de nosso município. Retornando a residir em Nova Venécia no final do ano passado, já publicamos alguns textos na imprensa local. A própria prefeitura utiliza o histórico que produzimos no seu site oficial. Estamos, quando convidados, fazendo palestras sobre História e Cultura venecianas em instituições de ensino da cidade. Também neste ano, colocamos no You Tube um pequeno videoclipe com cenas do famoso filme “Sagarana: o duelo” rodado nas ruínas do Casarão dos Escravos em 1973, o fundo musical, ficou por conta da musica “Caminheiro” recuperada de uma gravação caseira feita pelo grupo musical veneciano “Engenho Novo” no início da década de 1980.

MCV: Alguma novidade quanto ao blog do projeto?

Rogério: Como não recebemos apoio financeiro de ninguém, trabalhamos no limite de nossa capacidade. Estamos tentando manter o blog sempre atualizado como novas postagens. À medida que isso acontece, ele se torna mais rico de informações para os venecianos ou para aqueles que têm curiosidade sobre o nosso município. Para Nova Venécia ele é único no gênero e já teve mais de cinco mil acessos desde quando foi criado em maio de 2008. Quanto ao Projeto, além das palestras, estamos programando algumas exposições. Além disso, trabalhamos também para a publicação de nosso primeiro livro sobre a História de Nova Venécia.

MCV: Muito obrigada Rogério por contribuir conosco!

Entrevista feita por Sthela Franco
Agredecimento à Rogério Piva 

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

--> Novo grupo teatral em Nova Venécia


Nova Venécia conta com um novo grupo teatral


No último ano a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo do município deu continuidade a um projeto existente desde 2007 intitulado "Arte Por Toda Parte". As Inscrições para o grupo de teatro começaram em abril e no mês seguinte foi formado o novo grupo teatral de Nova Venécia : "O.FORTE" Oficina de Formação Teatral, dirigido por um velho conhecido dos venecianos, o teatrólogo Oscar Ferreira que entre os anos 80 e 90 dirigiu o antigo grupo da cidade, o "GTNV" Grupo Teatral de Nova Venécia. O grupo teatral O.FORTE realizou dois trabalhos já em seu primeiro ano de atividade. O primeiro é A Comédia Musical - "Pode ser a gota dágua" , um espetáculo interativo que aborda as questões sobre o uso correto da água, proteção aos mananciais hídricos, turismo rural e ecológico, meio ambiente e saúde pública. De forma alegre e vigorosa o jovem elenco se revezou nas performances de uma trupe de hilariantes contadores de estórias que encantam o público com a magia de seu conjunto. A estréia aconteceu no dia 22/10/09 no Centro Cultural Casarão.



Elenco

Alessandra Soares
Crys Souza
Kássya Oliveira
Lorraine Lima
Sthela Franco
Robson Lima









O segundo trabalho deste grupo foi o Projeto "Presépio Vivo" realizado entre 18/12/09 e 23/12/09. Durante a semana o grupo se apresentava à tarde das 15hs às 17hs e à noite das 18hs às 20hs, e nos finais de semana pela manhã das 9hs ás 11hs, e à noite das 18hs às 20hs. Desta vez contando com participações especiais como o grupo de folia de reis "Sois Reis"liderado por Seu Anísio, o coral italiano "Augusto Zaché" e a clarinetista Juliana Schneider que embalava a apresentação. Contando também com dois novos atores no elenco.O projeto foi muito apreciado e elogiado pela população veneciana.


Elenco
Alessandra Soares - Pastora

Crys Souza - Anjo

Sthela Franco - Maria
Robso
n Lima - José
Part. Especial Juliana Schneider - Clarinete








Dhjeniffer - 1° Rei Mago (Gaspar)

Sidi - 2° Rei Mago (Baltazar)


Lorraine Lima - 3° rei Mago
(Belchior)












Direção


Oscar Ferreira








Agradecimento: Secretaria Municipal de
Cultura e Turismo

Texto por Sthela Franco
Fotos por Secretaria Municipal de Cultura e Turismo